quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A morte

                                              Eu não falo...
                                                                                    Não respiro...
                                                                       Eu não me movo...
                                                             Não vejo...
                     Não ouço... Não sou existente.
            Mas eu trago dor, ódio, descaso, lágrimas, desespero. Eu trago, eu sou a MORTE.
 As pessoas me julgam cruel e me amaldiçoam, mas elas não entendem que eu sou a lei mais bela da vida que elas tanto dizem prezar, ao levar as almas para outro plano eu dou lugar ao renascimento, a luz,e a felicidade que seres puros e singelos possuem, todos são tão egoístas, preferem a presença dolorosa de seus queridos, ao alívio dos enfermos e desgraçados pelo destino. Me vêem como a escuridão, a criação do demônio, a inimiga de Deus. Pobres mortais que não enxergam nada além de seus sentimentos supérfluos e vazios . Enquanto não verdes minha beleza e essência, lamentaram aos pés dos inúmeros túmulos compostos apenas por cascas ocas sem almas, sem vidas. Se ao menos soubessem onde se encontra a paz que tão vagamente procuram, a paz está em mim, em meus braços, em meu acalento e a maior lástima é que nadas verdes,  nem mesmo a destruição do mundo suntuoso de quem vangloriastes como reino, que nada mais é do que o inferno de que tantos queres fugir!
                                                              Então não me julgues tão cruelmente
                                                                    Me escute...
                                                                          Me entenda 
                                                                                Me aceite
                                                                                        Sou seu fim
                                                                                                   Seu recomeço...
                                       SDias(McSS)


Apenas mais uma guerra.

Houveram lágrimas, lágrimas que trouxeram a incompreensão daquela alma. Não bastasse todas as dores,  rancores , desilusões, medos e tantos outros tormentares,  há agora os olhos de seu amado imersos em lágrimas, e ela nem ao menos sabe o porque, só o que quer é pegá-lo em seu colo e dizer que tudo,  absolutamente tudo ficará bem.
Não haverá monstro capaz de arrancá-lo de seus braços. Pois o amor existente é mais forte e inquebrantável do que qualquer matéria ou anti matéria,  há a magia em seus olhares,  a doçura em suas palavras,  a compreensão em seus atos mesmo que eles não sejam certos, serão seguidos de conselhos sinceros que prezaram apenas o zelo.
Há nuvens escuras que encobrem seus dias e trazem o desespero e a dor,  doravante a pureza que há em suas almas, divinadas pelos céus, terra e mares,  os tornam  guerreiros talvez não tão prontos para guerrear mais prontos e destinados a vitória de suas vidas,  pois juntos se tornam  suficientemente fortes para vencer o invencível.
No momento há a espera de que ele retorne ao lar, para que tudo seja dito,  para que as lágrimas o libertem da angustia e devolva o sorriso de menino que tanto a encantou. E a felicidade os acometerá como nunca antes, os abençoando com a gracilidade de suas risadas após um belo duélo de coségas, vitoriando o "campeão" com mais sorrisos e carícias que trará mais garra para a próxima luta, até por que tudo não passará de um novo amanhã.
                                                     

                                                                                SDias (McSS)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

o Independentemente

 O que dizer de um Mundo onde o que mais prevalece é a sede de destruição?
 Que se submete a uma dimensão sem rumo, um túnel sem luz e fim. Isso nos obriga a criar refúgios para nos escondermos da guerra sangrenta feita por pessoas sem almas. Os dias passam e cada vez mais nos deixa lições que muitas das vezes nos desagradam. E derrepente nos vemos em um inferno de lembranças e cobranças de um amanhã um pouco melhor.
 Nem tudo é esperado, na verdade pouco nos é previsto, tendo que o enredo da nossa própria história se dá pela vida que nos amaldiçoa com o único crédito da moral que se faz triste e um tanto sombria. Os fantasmas cercam-nos trazendo com um suave soprar o ódio fundido pelo amor fazendo-nos correr em apelo pelas cicatrizes do passado como emenda para as feridas recém criadas por alguém que por natureza deveria nos amar. 
 A sensação do desamor se debate como um demônio prestes a arrastar para a escuridão toda a pureza que por ordem divina se resguardou no canto mais impróprio do seu íntimo. Cenas são criadas em um palco distinto onde inúmeras peças se fazem ilustres, e mesmo com o coração acelerado a mil suas pernas te levam ao centro do palco de frente para os "telespectadores", só o que você vê são lágrimas e mão prostradas ao distúrbio mental  . 
 Como correr se agora  as mesmas pernas que tanto lhe sustentaram  te abandonam fazendo-te cair em própria humilhação? Pois bem os rostos enfim criam formas e expressões, algumas mais vagas do que outras, mesmo assim assombrosas. Por um instante as luzes se apagam e mãos te agarram queimando-te em um fogo demoníaco, subitamente ao abrir os olhos você compreende que após um tempo na penumbra da escuridão aprende-se a ver além do que os olhos carnais podem enxergar. 
 Você grita mais ninguém pode te ouvir, você chora mais ninguém pode te ver, você sofre mais ninguém pode ver e sentir a tua dor, nada mais adianta, nada mais te salvará, não existe força suprema capaz de te reerguer, você está no inferno, presa em uma jaula com um predador sedento por ti, pela tua lama, mais ela também já não existe mais. Acabou agora abrace tua solidão, teu ódio, tristeza, e todos os rancores, desamores e lembranças fantasmagóricas, mais principalmente abrace  o demônio que sugou sua alma sacrificando-a como um pedaço de carniça aos urubus, abrace à tudo e se destrua, submeta-se ao total e irreversível desastre para que possa ressurgir das suas próprias cinzas, como uma fênix perfeita a sobrevoar a imensidão do espaço a procura de um novo Mundo, onde possa repousar sobre a luz tênue do luar, pois tudo acabou e aquele Mundo se foi, tudo não passou de um segundo, o final deu lugar ao recomeço, tão merecido e doce recomeço, que não passará de um mais segundo. 
                                             SDias (McSS)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Depressão

A depressão nos leva ao conhecimento da desgraça e destruição que muitos podem nos causar.
Nos vemos presos a correntes invisíveis que nos aprisionam de tal maneira incompreensível, nos fazendo reféns de nossos próprios medos. Escapar dessa prisão já está a muito fora de cogitação, pois a fraqueza grita mais forte, assim como trovões em uma grande tempestade.
Muitas vezes essa depressão traz uma consequência traiçoeira muito conhecida como Morte, e por mais natural e divina que ela seja as pessoas não estão acostumadas a encara-lá, pois ela traz a saudade aos que ficam neste plano. Os remédios agora são indispensáveis para o pouco conforto que estas pobres almas podem almejar, tendo seus refúgios em profundos sonos e sonhos. Mas a tristeza não se vai mesmo em prol de tantas tentativas vagas, o caminho é longo e cheio de fantasmas prontos para nos arrastar de volta a escuridão de que tanto fugimos. O fato é que é hora de encarar a realidade: Somos fracos mais não derrotáveis!
                                                                                           SDias (McSS)