Eu não falo...
Não respiro...
Eu não me movo...
Não vejo...
Não ouço... Não sou existente.
Mas eu trago
dor, ódio, descaso, lágrimas, desespero. Eu trago, eu sou a MORTE.
As pessoas me julgam cruel
e me amaldiçoam, mas elas não entendem que eu sou a lei mais bela da vida que elas tanto dizem prezar, ao levar
as almas para outro plano eu dou lugar ao renascimento, a luz,e a felicidade
que seres puros e singelos possuem, todos são tão egoístas, preferem a
presença dolorosa de seus queridos, ao alívio dos enfermos e desgraçados pelo
destino. Me vêem como a escuridão, a criação do demônio, a inimiga de Deus.
Pobres mortais que não enxergam nada além de seus sentimentos supérfluos e vazios . Enquanto
não verdes minha beleza e essência, lamentaram aos pés dos inúmeros túmulos compostos apenas por cascas ocas sem almas, sem
vidas. Se ao menos soubessem onde se encontra a paz que tão vagamente procuram, a paz está em mim, em meus braços, em meu acalento e a maior lástima é que nadas verdes, nem mesmo a destruição do mundo suntuoso de quem vangloriastes como reino, que nada mais é do que o inferno de que tantos queres fugir!
Então não me julgues tão cruelmente
Então não me julgues tão cruelmente
Me escute...
Me entenda
Me aceite
Sou seu fim
Seu recomeço...
SDias(McSS)
SDias(McSS)