segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O talvez da vingança.

"Nem sempre a vingança é motivada pelo ódio,
talvez seja apenas a dor da injustiça e perda que grita mais alto no vale assombroso, onde se esconde nossa alma."

                                         SDias ( McSS )

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

No fundo do meu quintal.

Mais um amanhecer se faz presente, no balanço do meu quintal há uma criatura visivelmente só. Ela não me dirija a palavra, apenas seu olhar que se encontra triste, me pergunto de onde essa criança surgiu e logo os pássaros que inconvenientemente cantam ao alto do meu limoeiro dizem-me que ela não está só como meus olhos condenam. A revejo e o olhar permanece fixo ao meu, subitamente uma lágrima caí em seu rosto e logo os soluços desenfreados daquela criatura  incapaz de sorrir me fazem sentir uma certa pena. E surpreendentemente os pássaros estavam certos, ao lado dessa sombra há outra, mais densa e obscura, doravante ela transmite paz  não só a minha inesperada hóspede, como a mim mesma. O silêncio torna-se torturante, minhas pernas não me permitem correr, mais ainda sim minha voz ressoa algumas poucas palavras, as duas criaturas diante de mim sorriem discretamente e logo me encontro em lágrimas que trazem um sentimento que desconheço. Acho que já se passaram horas, dias, anos ou talvez milênios, mas não se passaram nem mesmo os segundos que criam e recriam os minutos. Já não sei o que está acontecendo a minha volta, é como se o Mundo estivesse se disseminando ao poder alucinógeno desses dois seres que agora perecem-me ser tão íntimos. Tudo está tão confuso, e agora ouço um barulho remotamente familiar, assim despertando-me do meu devaneio. É o estridente despertar do relógio, anunciando que as seis horas se tornam minha cruel realidade, onde a rotina me escraviza, aliás era tudo parte da minha imaginação. Levanto-me e olho pela janela em direção ao quintal, especificamente para o velho balanço vazio e abandonado, não há ninguém lá, nem a criança, nem a sombra, nem os pássaros, nem o limoeiro, é apenas um pedaço do meu jardim mal tratado pelo descaso que o tenho submetido. Nada daquilo fora real, apenas a loucura que me acomete a cada dia mais em todo amanhecer.
                                                              SDias ( McSS )

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Um Mundo dentre muitos outros.

Presa em Mundo escondido por detrás do olhar angelical de uma criança, um olhar doce e meigo que traça uma vida cheia de tropeços e derrotas acometidas a essa pequena criaturae o pior de tudo é que ela não tem culpa.
A saudade lhe fere a alma, pois ela se tornou o eixo do próprio Mundo 
ou pelo menos de um deles, um dos Mundos dos quais se refugia  nas horas de tormenta. 
                                                                                           SDias ( McSS )  

A alma pura de uma criança.

Rostos singelos se transformam em expressões vazias e ocultas em torno da maldade e escuridão. Os passos se fazem ouvir sobre o térreo e já não se ouvem mais vozes, apenas sussurros que te dizem para não olhar para trás. Más tudo que te trouxe até aqui te grita para que não se curve; pois o vazio poderá te engolir para o além das trevas. Não há mais amor, de fato nunca existiu foi apenas uma história bem contata pelos teus ancestrais para que a dor não lhe acometesse de forma tão bruta e fatal. Tudo que lhe disseram não fora e nunca será real, a arte de contemplar o vazio é um carma que para sempre carregarás. O sorriso te abandonou e a felicidade nem ao menos avistastes, mais este não é o fim e sim talvez um vago começo. A dor se faz bela, e a solidão sua melhor e única companheira, a venda em seus olhos te inibem do monstro que se esconde dentro do armário do teu quarto. Agora durma bela criança, pois o amanhecer se fará presente logo que tua alma se aprofundar nos mais insanos sonhos.  
          SDias ( McSS)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Um possível amor.

Queria poder expressar em palavras esse sentimento que atualmente mora em meu coração, mas não creio que o destino me daria o tempo necessário para cumpri-lo, pois o mesmo dito poderia ir além de uma vida. Nas noites de tormenta seu nome que eu clamo, e quando as lágrimas ameaçam brotar em meu desfalecido semblante é em seu sorriso que escondo minha alma e nas lembranças das nossas noites de amor que acalento a sombra do meu ser que já não se faz tão odioso como outrora. 
           SDias ( McSS)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O vale das sombras

Um vale de doces amargas lembranças, gritos horrorizados de uma alma em busca de um possível ressoar. O céu já não se ilustra em um luar suave iluminado tenuemente pelas estrelas, o frio remete o soar do vento cálido carregado por buscas de almas, que já se perderam nas profundas dores causadas por imensuráveis vozes que sussurram rezas para que você se proste em terra, chore, grite, mesmo que ninguém possa te ouvir! Ressuscite  a fênix que existe dentro de você, voe o mais alto que puder e grite aos céus que você pode não ter vencido mais que também não perdeu. Só não se esqueça que tudo não passa de um segundo, logo um minuto, uma hora, um dia, e quando ver será uma vida, uma vida que os demônios querem tirar de ti, portanto não se deixe agarrar por tão cruéis criaturas das trevas, pois o amor pode de fato existir ( ou não ).
                                                   SDias ( McSS)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Um vago soletrar de palavras.

Após um tempo na escuridão, os olhos da alma aprendem a ver além da penumbra que rodeia a própria dita. Após tanta tormenta, recorremos a cicatrizes do passado como emenda para o coração já feto em pedaços.  Olhar no fundo dos olhos se tornou a forma mais segura de viver pois só a janela da alma para revelar os verdadeiros mistérios que seres falsos tentam esconder por detrás de um belo sorriso.
                                        SDias ( McSS)

UM SIMPLES VERSO

Ao canto dos pássaros que vejo o cair da noite seguido pelo raiar do dia. E mesmo que o Sol ponha-se a brilhar suntuoso ao céu, a penumbra que rodeia aquela alma já cansada pelos despropósitos da vida nega-se a seguir adiante, presa a doces lembranças de um amor proibido. Proibido e disseminado por um coração descrente da pureza de um sentimento tão singelo. Um coração que não sabe amar, apenas mentir e causar dor, uma alma pecadora e destinada ao sofrimento eterno por tantas crueldades acometidas em prós de algo vindo do céu e abençoado pelos mares:o amor verdadeiro. Mais como saber de fato quando esse sentimento é verídico? Simplesmente quando nossa alma se dispõem a se doar pelo coração amado, quando aos pés de quem amamos nada se compara a nós. Quando ao cair da noite os anjos vêm de bom grado sussurrar-lhe a boa nova enviada pelos anjos e demônios. Pudera tudo isso ser forte o suficiente para curar tamanha ferida feito neste cansado coração, que hoje já não sabe o que é amar, uma alma carregada por um semblante desfalecido, que vive em função de justiça ou mesmo vingança, deixo-lhes a conclusão... 

                        SDias ( McSS)